Michel Temer, Eliseu Padilha, Valdir Raupp, José Sarnei e Renan Calheiros - Workshop Internacional PMDB |
“Pensei muito sobre o que é ter uma mensagem. Por que você existe como candidato? Qual é o seu objetivo? O que você fará para o seu eleitor? Fará só para você ou para todos? A maioria das pessoas pensa que é isso o que quer um político, fazer apenas para si”, afirmou McKinnon.
Ao defender a importância de uma mensagem clara, citou o exemplo de Bob Kennedy, que tratou de um incidente de seu passado, com álcool, que resultou num acidente e ele decidiu falar sobre isso num programa de TV durante sua campanha à presidência, mas não soube responder à pergunta “por que o senhor quer ser presidente?”.
“Não foi só uma má resposta, acabou por derrubar seus índices na pesquisa”, disse McKinnon.
“Há muita literatura sobre ter algo a dizer na nossa cultura. Para contar uma história você apresenta uma ameaça, define a ameaça, identifica o vilão, que às vezes não é um “quem”, pode ser um “o quê”.
É preciso dizer quem é a vitima da ameaça ou da oportunidade negada e , em seguida, é preciso dizer quem é o herói, que vai salvar a vítima”, declarou. Citou como exemplo a campanha de Ronald Reagan, que usou o vídeo “The bear in the woods”, que era uma metáfora sobre a União Soviética.
Também foi ressaltada a importância da comunicação da mensagem de maneira breve e curta, com a certeza de ela seja clara.
Outro ponto destacado por McKinnon foi o uso da emoção. “A emoção é a chave chegar ao coração do eleitor. Nós políticos tendemos a ser analíticos, a querer convencer os outros do que pensamos. Mas precisamos aprender a nos comunicar com emoção”, disse.
O discurso também deverá ser relevante e ser repetido claramente e consistentemente, para garantir que ela seja sempre a mesma mensagem.
De acordo com o palestrante, “um bom comunicador deve fazer um exercício constante para mandar a sua mensagem em qualquer situação, não só em debates, mas ao dar entrevistas, por exemplo”.
Por fim, ressaltou a importância da autenticidade: “uma mensagem que chegue aos eleitores como uma coisa autêntica será mais poderosa. Os eleitores não querem mais que os políticos sejam poderosos, mas que sejam humanos”.
Ao encerrar sua apresentação, McKinnon falou que é importante que a marca do partido esteja fundamentado nas suas mensagens, “não é possível carregar todos as bandeiras. Se você quiser fazer tudo para todos, acabará não fazendo nada para ninguém”.
O presidente do PMDB-MS, Esacheu Nascimento , disse que esta foi uma oportunidade de motivar o animo partidário. “Vejo o PMDB com uma dificuldade muito grande de inovar. Praticando aquela política caseira sem nos inserirmos na inovação, novo diálogo. Precisamos ter um diálogo com a sociedade, com a juventude”, lamentou.
Esacheu acredita que estas ferramentas hoje estão inseridas na sociedade moderna. “Temos uma ferramenta importantíssima. A partir da presidência atual da FUG nós temos percorrido o Brasil, construindo uma ferramenta que trata de capacitação política para a formação de novos quadros”.
Membro do Conselho Curador da FUG, Dorany Sampaio, disse que tem a absoluta convicção que não há na atualidade política brasileira um partido que tenha a consistência e fortaleza como o PMDB. E, elogiou a atuação da Fundação, presidida por Eliseu Padilha, neste trabalho. “Posso dizer que eu marcaria a vida da FUG antes e depois de Padilha. O presidente Padilha inovou, modernizou e trouxe novas técnicas. Não conheço nenhum partido que tenha se preocupado em formar quadros”.
05/04/2011
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