terça-feira, 3 de julho de 2018

Eliseu Padilha comemora mais uma interiorização de venezuelanos

Em busca de oportunidades, venezuelanos são transferidos para PB, PE e RJ

O Governo Federal, com apoio do Sistema ONU no Brasil, realiza nesta terça-feira (3) nova etapa do processo de interiorização de venezuelanos. Foram transferidos 163 solicitantes de refúgio e migrantes de Boa Vista (RR) para as cidades de Igarassu (PE), Conde (PB) e Rio de Janeiro (RJ). A Casa Civil é responsável pela organização do processo. “Nós queremos que os venezuelanos se sintam em casa, em condições de poder avançar, de manter suas famílias, de cuidar de seus filhos. Estamos fazendo o possível, por parte do governo, para dar a eles condições de dignidade”, afirmou o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

A interiorização é uma iniciativa criada para ajudar venezuelanos em situação de extrema vulnerabilidade a encontrar melhores condições de vida em outros Estados brasileiros. Todos os solicitantes de refúgio e migrantes que aceitam participar da transferência para outras cidades passam por uma sessão de orientação sobre o processo de interiorização e as cidades de destino, realizam exame de saúde, são imunizados, abrigados na cidade de destino e acompanhados nos abrigos.

O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) partiu de Boa Vista às 8h23 (hora local) com destino ao Recife. Da capital pernambucana, 44 seguirão para Conde e 69 para Igarassu. Outros 50 seguem em voo para o Rio de Janeiro. 

Esta será a primeira vez que essas três cidades recebem venezuelanos voluntários da interiorização. Os abrigos de Igarassu e do Rio de Janeiro são administrados pela ONG Aldeias Infantis SOS. O de Conde, localizado no distrito de Jacumã, é de responsabilidade do Serviço Pastoral do Migrante.

A ONG Aldeias Infantis, com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), receberá famílias com crianças e adolescentes, além de mulheres sozinhas ou grávidas. O Serviço Pastoral do Migrante na Paraíba abrigará prioritariamente homens e mulheres entre 18 e 30 anos, além de famílias.

Nas etapas anteriores, 527 venezuelanos foram levados para as cidades de São Paulo, Cuiabá e Manaus, em durante os meses de abril e maio. O processo é organizado pelo Governo Federal com apoio da ACNUR, da Organização Internacional para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Por meio do registro dos venezuelanos abrigados em Roraima, o ACNUR estabelece o perfil desta população e identifica os interessados em participar da estratégia. A OIM e o UNFPA atuam na informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária. O UNFPA promove diálogos com as mulheres para que se sintam fortalecidas neste processo.

A OIM ajuda na organização dos voos e acompanha os venezuelanos participantes no processo, que assinam termo de voluntariedade. O PNUD tem promovido seminários com o setor privado para estimular a inserção de trabalhadoras e trabalhadores venezuelanos no mercado de trabalho brasileiro.

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