quarta-feira, 18 de junho de 2014

Grupo do PMDB montará comitê pró-Dilma

PMDB montará comitê pró-Dilma
Eliseu Padilha

Aliado do PSB no Rio Grande do Sul, o PMDB gaúcho, que disputará o Palácio Piratini com o ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori, irá apoiar, para a disputa à presidência da República, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB). Entretanto, integrantes do PMDB favoráveis à candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT), que tem como vice o peemedebista Michel Temer, se articulam para montar um palanque do partido para a chapa.

O deputado federal Eliseu Padilha, principal interlocutor de Temer, conta que a meta é formar comitês pró-Dilma e Temer em todo o Estado. “Vamos ter um comitê central em Porto Alegre e outros em regiões do Estado”, relata Padilha. “Teremos Sartori como candidato único e a candidatura do PMDB para a presidência”, enfatiza.

Padilha garante que José Ivo Sartori e o presidente estadual do PMDB, deputado estadual Edson Brum, foram comunicados da iniciativa. “Quem faz campanha para o PMDB não tem que se preocupar. Quem faz dissidência é que tem que se preocupar”, cutuca Padilha, refutando a ideia de que um palanque adversário ao de Campos possa constranger os peemedebistas que fecharam aliança com o PSB com a condição de formarem um palanque local para Campos.

O parlamentar acrescenta que a dissidência “está na tradição” do PMDB e sugere que existem outros candidatos que possam conquistar a simpatia dos peemedebistas gaúchos. “Oficialmente, não acredito que irão se pronunciar, mas tem gente (do PMDB) que sempre apoiou o candidato tucano (Aécio Neves)”.

Padilha ressalta que os comitês serão exclusivamente do PMDB e não pluripartidários, como dirigentes do PT tentaram consolidar. No Estado, a direção petista chegou a avaliar a hipótese de ter de reunir seu candidato, o governador Tarso Genro, em um palanque pluripartidário, com os candidatos do PMDB, PP e PDT, siglas que integram o governo federal. Incomodado com essa situação, Tarso ameaçou condicionar sua candidatura à imposição de ser o único concorrente com a permissão de vincular sua campanha à de Dilma. Mas recuou da exigência. Posteriormente, com o desenvolvimento das negociações por coligações, o palanque pluripartidário se esvaziou.

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