Ministro Padilha |
São 370 quilômetros de obras - 100 no
Rio Grande do Sul e 270 em Santa
Catarina - que consumirão US$ 870 milhões em
investimentos e cerca de um ano
e meio de trabalho. Se o cronograma for
cumprido, até a metade de 1999 a duplicação
estará concluída. O governo federal
entrará com US$ 226 milhões.
O Banco
Interamericano de Desenvolvimento
(BID) e o Exlibank - banco de Investimentos japonês - irão financiar o restante,
com US$ 322 milhões cada um. De acordo
com o ministro, o financiamento esta
garantido, sem necessidade de ser aprovado
pelo Congresso. "Como esta parte é
apenas a continuação do projeto do
Corredor do Mercosul, já aprovado, não
há necessidade de passar novamente pelo
Congresso", afirmou.
O Corredor do Mercosul é Formado pela
rodovia BR-116, no trecho entre São
Paulo e Curitiba, pela BR-376 de Curltiba a divisa do PR/SC e pela BR·101 entre a
divisa e Osório. A estrada é a principal
, ligação entre São Paulo, o Sul do pais e dos países do Mercosul, principalmente Argentina e Uruguai. A duplicação vinha
sendo reivindicada há cerca de duas
décadas pelos estados da região Sul, e o
custo da obra era a principal dificuldade.
Hoje a duplicação é o maior projeto viário
em andamento no mundo, chegando a US$ 2,2 bilhões (entre Palhoça e São
Paulo há trechos duplicados, outros sendo
ampliados e ainda trechos licitados e
contratados).
NOVO RUMO - No início do governo
Fernando Henrique Cardoso, a duplicação foi incluida entre as prioridades da
I União, principalmente por causa da dificuldades de transporte que havia entre o
Brasil e os demais países do Mercosul. Hã
duas semanas, Padilha havia garantido
que a parte Sul da duplicação era irreversível.
O cronograma, no entanto era
nebuloso.
Uma conversa com o presidente Fernando Henrique Cardoso na sexta-feira
passada mudou os rumos com a
aprovação da emenda da reeleição, o governo entrou em campanha. Os próximos meses devem fazer aparecer uma
série de projetos que andavam na sombra
com o empenho do governo em aprovar a
emenda da reeleição e as reformas constitucionais.
A ordem é deixar o Congresso
com as reformas e mostrar serviço.
O ministro pretende investir o tempo que tem para fazer andar os projetos que já existem e incluir outros na pauta. "Nesse tempo dá para fazer fazer muita coisa", afirma. Entre os projetos a serem anunciados nas próximas semanas está também a municipalização do Porto de Itajaí. Esse deve ser um pacote que incluirá também os portos de Imbituba e Tubarão. Ainda não está definido quais serão municipalizados, estadualizados ou passarão para a iniciativa privada.
TRENSURB SERÁ AMPLIADO
Na onda de obras anunciadas pelo Ministério dos Transportes, o Rio Grande do Sul foi premiado ontem com a garantia de que o TRENSURB (Trem da região metropolitana de Porto Alegre) será ampliado até Gravataí. Esta sexta-feira, o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, irá à capital gaúcha divulgar o projeto, que inclui 15 quilômetros de obras. A ampliação ligará Porto Alegre e Gravataí, passará por Alvorada e Cachoeirinha, e poderá ter ramificações até Viamão.
O cronograma do início das obras, no entanto, não está garantido, e nem os recursos que ira financiar o projeto. O que o Ministério tem em mãos, nesse momento, é o estudo de viabilização econômica, e a garantia do presidente Fernando Henrique Cardoso de que a obra passa a ser prioridade do governo. O relatório final sobre a obra deve estar pronto até o final de julho.
Fonte: DNER 13/06/97
Fonte: DNER 13/06/97
Nenhum comentário:
Postar um comentário