quarta-feira, 2 de julho de 2008

Eliseu Padilha defende maior qualidade de ensino no País



Deputado Eliseu Padilha defende educação como prioridade
"O Brasil precisa de um projeto de desenvolvimento do ser humano, no sentido de promover a construção da cidadania plena, com prioridade para a educação". A afirmação foi feita em Plenário pelo deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), que lamentou a falta de formação e de conhecimento da população, principalmente dos mais jovens. Para ele, o atual sistema de ensino obrigatório é falho, embora o Brasil reúna excepcionais condições para se tornar um dos países mais desenvolvidos do mundo. “O maior obstáculo que nos impede de chegar à condição de nação desenvolvida é o baixo nível educacional dos brasileiros”, diagnosticou. 

Na avaliação do parlamentar, são urgentes a revisão e a mudança do sistema de ensino fundamental do País. Somente com a universalização do nível médio e a melhoria da qualidade do ensino, sustentou, “o sonho de crescimento ocorrerá”. O deputado destacou a necessidade de uma educação de qualidade, ao citar os resultados do levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), apontando que, em 2005, o desemprego entre jovens de 15 a 24 anos era 3,5 vezes maior do que o medido entre os trabalhadores adultos. Para Padilha, o fato de os jovens serem preteridos no mercado de trabalho merece uma profunda reflexão e a adoção de providências para a reversão do quadro. 

Eliseu Padilha lembrou ainda que o Ministério de Educação divulgou em junho deste ano o novo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), relativo ao ano de 2007 e, com base nele, constatou que o Brasil precisa melhorar o seu desempenho em 71% para atingir o patamar mínimo exigido nos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em uma escala de 0 a 10, frisou o deputado, o índice alcançado nas escolas públicas brasileiras é de 3,5, enquanto que o índice mínimo exigido nos países da OCDE é 6,0. 

Outro dado importante e igualmente preocupante divulgado pelo Ideb, segundo o deputado, é que apenas dois municípios - Imigrantes e Três Arroios, no Rio Grande do Sul - apresentam, na oitava série, índice igual ao mínimo exigido nos países desenvolvidos. Para o parlamentar, também não haverá sistema educacional qualificado se não houver profissionais valorizados e qualificados. Por isso, ele lembrou que a Câmara analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 47/07, de sua autoria, que eleva de 18% para 25% o percentual aplicado pela União na manutenção e desenvolvimento do ensino. “São necessários mais recursos financeiros para que a União possa melhorar o sistema educacional do Brasil”, afirmou.


Fonte: Agência Câmara Notícias de 02/07/2008


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